Quem mais matou?



1º) Mao Tsé-tung (ou Mao Zedong)

NOME DO DITADOR: Mao Tsé-tung (1893-1976)
PAÍS: China
NÚMERO DE MORTES: 77,000,000
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Execuções, assassinatos e políticas econômicas desastradas que mataram de fome parte da população

Líder do Partido Comunista Chinês desde 1931, Mao foi presidente da República Popular da China de 1949 a 1959 e presidente do Partido até sua morte. Neste período, implantou um regime de terror, com o assassinato de “contra-revolucionários”, proprietários rurais e inimigos políticos, sendo responsabilizado pela execução de vários ex-companheiros, militantes comunistas expurgados sob as mais variadas justificativas.

A partir de 1950, lançou um programa de reforma agrária e coletivização da agricultura que desorganizou a economia do país e provocou a maior onda de fome já registrada pela História. Pouco depois deste episódio, Mao e seus assessores mais próximos lançaram em meados da década de 1960 a Revolução Cultural, esforço justificado como uma tentativa de mudar a mentalidade da população chinesa e prepará-la para o socialismo. A campanha levou a prisões em massa, fechamento de escolas e perseguições que provavelmente causaram a morte de mais de 1 milhão e meio de pessoas.

2º) Joseph Stalin

NOME DO DITADOR: Joseph Stalin (1879-1953)
PAÍS: União Soviética
NÚMERO DE MORTES: 43,000,000
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Assassinatos, perseguições étnicas

Durante os 25 anos que governou ditatorialmente a antiga URSS, Stalin transformou o país em potência mundial, promovendo a industrialização. Isso envolveu, porém, entre outras coisas, a implantação de um programa forçado de coletivização da agricultura e abolição da propriedade privada, que só foi possível com o assassinato de agricultores e a criação de um estado de terror policial, através do qual promoveu o expurgo e a execução de adversários políticos.

Depois de ter papel fundamental na derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), estendeu o controle soviético aos países das Europa Oriental, obrigando vários deles a manterem-se no bloco comunista, ao custo da repressão de opositores, da fome e do empobrecimento das suas populações. Stalin também foi responsabilizado pela existência de campos de trabalhos forçados para deter dissidentes e pela perseguição de minorias étnicas que viviam na União Soviética, realizando transferências compulsórias de populações que causaram número de mortes jamais calculado com precisão.

3º) Adolf Hitler

NOME DO DITADOR: Adolf Hitler (1889-1945)
PAÍS: Alemanha
NÚMERO DE MORTES: 21,000,000
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, campos de extermínio

Líder do Partido Nacional Socialista (nome oficial da organização nazista) entre 1921 e 1923 e chefe do governo da Alemanha de janeiro de 1930 até a morte, Hitler chegou ao poder através de eleições livres, depois de tentar um golpe de estado que resultou em sua prisão. Transformou-se em ditador logo em seguida, com a eliminação de rivais e opositores.

Principal responsável individual pela Segunda Guerra Mundial, que deflagrou ao invadir a Polônia em 1939, ordenou que exércitos alemães atacassem e ocupassem vários países, assumindo a responsabilidade pelas atrocidades cometidas pelos nazistas em seu nome durante a primeira metade da década de 1940 na Europa e norte da África. Também permitiu e incentivou a realização organizada de genocídio que buscava exterminar judeus, ciganos, deficientes físicos e mentais, dissidentes políticos, homossexuais e outras minorias. Suicidou-se ao fim da guerra.

4º) Kublai Khan

NOME DO DITADOR: Kublai Khan (1215- 1294)
PAÍS: Mongólia
NÚMERO DE MORTES: 19,000,000
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, assassinatos

Com nome também traduzido como Khubilai ou Kubla, o “khan” (“chefe”) era neto do conquistador Genghis Khan. Atacou a China, derrotou-a e em 1271 proclamou-se o primeiro imperador da dinastia mongol que governou o país. Além das mortes causadas pelas guerras que provocou em diversas partes da Ásia (incluindo Pérsia, Vietnã e sul da Rússia), os soldados sob seu comando tornaram-se conhecidos por atos de extrema crueldade contra populações civis, incluindo castração de prisioneiros, assassinatos em massa e estupros coletivos.

O único relato pessoal sobre ele foi feito por Marco Polo, que visitou sua corte. O viajante italiano apresenta Kublai Khan como um soberano ideal – durante o reinado, a China atravessou uma fase de grande prosperidade – mas reconhece que ele era incapaz de controlar os atos de subordinados e tinha propensão a sofrer ataques ocasionais de crueldade assassina.

5º) Imperatriz Cixi

NOME DO DITADOR: Imperatriz Cixi (1835 - 1908)
PAÍS: China
NÚMERO DE MORTES: 12,000,000
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Repressão a rebeliões da população.

Também conhecida como Imperatriz Tz'u-hsi, era uma das concubinas de status inferior do Imperador Xianfeng quando, em 1856, deu à luz aquele que viria a ser seu único filho. Quando o garoto tinha seis anos de idade o pai morreu e ele tornou-se o Imperador Tongzhi, mas poucos meses depois um golpe de estado levou Cixi a assumir o poder de fato. Seu governo a princípio tentou combater a corrupção endêmica no país, mas foi marcado pela ocorrência de grandes levantes populares, que devastaram províncias tanto do norte como do sul e foram sufocados com grande brutalidade.

Porém o maior deles, a Rebelião dos Boxeadores (de 1900 a 1901) teve estímulo oficial da Imperatriz e de funcionários do governo, em apoio a uma sociedade secreta de praticantes de artes marciais, que lutavam para expulsar todos os estrangeiros do território chinês. O incidente culminou com a intervenção de uma força militar internacional que ocupou e saqueou Pequim, provocando enorme quantidade de baixas entre a população.

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